17.1.07

O tempo vai peneirando a memória. Resta apenas o que se quer que fique, mesmo que a gente o deseje num segredo mal assumido. Assentou a poeira das palavras mal medidas, sossegaram os génios dos gestos excessivos, calou-se o ruído dos desencontros. Sobras perfeita, arestas e tudo. Somos nós quem te reinventa como nunca foste. Ou como nunca te soubemos ver.