14.8.06
11.8.06
8.8.06
termo de identidade e resistência
Andamos todos com o tempo às avessas. Ninguém deu por nada. Mas já foi há um ano. Um ano, vinte e dois dias e cento e sessenta e seis posts depois cá continuamos.
4.8.06
Com dedicatória aos lugares três e cinco
Ao cair da noite, salta o muro
Deita abaixo a porta da fachada
Vai p'lo corredor comprido e escuro
Corre os cantos da casa abandonada
Pelas brechas do soalho apodrecido
Saúda com a ponta dos teus dedos
O chão inicial que foi escondido
A pedra que guardou os teus segredos
Desmonta uma a uma as fechaduras
Rasga as cortinas, esventra as almofadas
Para que as penas cubram as molduras
E voem p'las janelas escancaradas
Destapa os retratos de família
Dos lençóis que os protegem da poeira
Transforma cada peça da mobília
Em achas preparadas p'rá fogueira
P'la sala espalha ramos de alecrim
Acende um candelabro bem no centro
Fuma um cigarro, sai pelo jardim
E entra cantando p'lo dia dentro
Templo Dourado
Camané