29.10.05

Carta do improviso

O senhor sabe destas coisas e garantiu-me que só pode bem improvisar quem perceber a matemática do acaso. Disciplina e concentração, receitou-me. Sempre pensei que não, retorqui eu: achava que isso de pouco valia, que o tal acaso era espécie de cavalo cor de vento que só por sorte se consegue montar. Não, insistiu o sábio, que só corre livre quem sabe escolher a própria albarda.