19.6.06

varanda para o mundo

Há uns dias, quando nada era mais real do que o prelúdio de uma onda de calor, pouco antes de a chuva me trazer de novo o meu mundo, descobri que tinha varanda. Gostei do que encontrei para lá dos estores que passam a vida cabisbaixos.
Não partilho paixões pelo mundo bucólico, mas este fim-de-semana comprei flores a sério, agarrei a terra com as mãos, deixei as unhas com um risco preto encostado à pele, mudei-as para os vasos, parti um ramo ou outro – é uma arte arriscada, de filigrana e sombra – e coloquei-as na nova assoalhada a céu aberto. Agora, é vê-las crescer. Estou apostada. Elas hão-de crescer.