14.6.06

Fragmento

Quando o pastel de nata chegou, já não sobrava muito café na chávena. Como perdeu o contraponto amargo da cafeína, à qual estrategicamente não juntara açúcar, compensou juntando canela. Distraída da medição, o prato fez-se acobreado. O estômago deu mais uma volta sobre o assunto, a primeira dentada foi de olhos fechados. Decidiu mudar de perspectiva e, pelo sim, pelo não, mudou de cadeira. Já ia na terceira volta à mesa e aproveitou a mudança para olhar para a porta, como quem olha só porque é obrigada pelo movimento. Com o cérebro feito em massa cinzenta, pensava com o estômago enjoado pelo açúcar e pontapeado pela cafeína. Desculpa, não acerto com as horas.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

:)*

8:32 da tarde  
Blogger JPN said...

Certeira. Podias escrever letras para o oliveira. Depois concorriam ao festival. Anda, pensa nisso.

3:49 da tarde  

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