Sem rasto
Ele tinha perdido o rasto. Voltou para trás à procura dos passos na areia. Já não havia passos na areia. Olhou para trás, que no caso era para a frente - nem rasto. Tentou calcar os pés na areia. Andou para a frente, outra vez para trás, agora para o lado. E os olhos não vêem nada, nenhum caminho fica neste chão. A memória dos passos perde-se nele. O andar não faz caminho neste chão. Não há caminho neste chão.
2 Comments:
Não andarás a gastar demasiado tempo nos Passos Perdidos?
faz-me lembrar A Viagem, da Sophia de Mello Breyner... um conto estrondoso.
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