Palavra de Agostinho da Silva
mestre na desarrumação do pensamento
Não me preocupa no que penso nem a originalidade nem a coerência. Quanto à primeira, tudo aquilo com que cncordo passa a ser meu - ou já meu era e ainda se me não tinha revelado. A minha originalidade está só, porventura, na digestão que faço. Pelo que respeita à coerência, bem me rala; o que penso ou escrevo hoje é do eu de hoje; o de amanhã é livre de, a partir de hoje, ter sua trajetória própria e sua meta particular. Mas, se quiserem pôr-me assinatura que notário reconheça, dirão que tenho a coerência do incoerente e a originalidade de não me importar nada com isso.
Agostinho da Silva, Pensamento em Farmácia de Província 1, 1977
1 Comments:
eu nunca li nada dele ( nem pretendo ler, note-se. quero ser ignorante mesmo) mas identifico-me muito com certas ideias e afirmações
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