9.12.05

Grilo de alerta

Quem vai à guerra dá e leva, ouvi-te. Por dentro, sorri para a irresistível luz dessa certeza. Por fora, armei a pose avisada e a velha voz do siso, qual grilo de abas compridas que lança o aviso de quem teu amigo é : olha que quem se faz a essa guerra dá tudo o que tem, mas raramente leva em troca o que quer. Bem sei, consentiste: mas não me apetece perder sem ir à luta. Engoli em seco. Que pode a razão contra tamanha poesia?